Praticar Mindfulness e meditação é bom para sua saúde, dizem cientistas
Eu encontrei alguns estudos loucos, mas positvos, sobre mindfulness e meditação enquanto estava entrevistando atletas radicais, neurocientistas e psicólogos para o The Fear Project ( O Projeto do Medo, em uma tradução livre) - um livro sobre a ciência de superar o medo, especialmente na água.
Um estudo publicado em 2011 na revista Military Medicine (Medicina Militar), por exemplo, mostrou que a meditação diária reduziu os sintomas de PTSD (Posttraumatic Stress Disorder – Transtorno do Estresse Pós-Traumatico) em soldados pela metade. Um estudo liderado pela psicóloga de Harvard, Britta Hölzel, descobriu que quando os não-meditadores praticavam a meditação em atenção plena, durante 8 semanas e apenas 30 minutos por dia, eles aumentavam a matéria cinzenta no hipocampo, uma área importante para o aprendizado e a memória, enquanto diminuiam a substância cinzenta na amígdala, a parte do cérebro que governa o medo e outras emoções primitivas.
Como um cara que passou um ano inteiro morando em um mosteiro budista, eu estava muito feliz. Todas aquelas horas na almofada estavam mudando meu cérebro para ser mais flexível e menos apavorado.
Mas uma redução da amígdala também me fez ponderar se a meditação poderia estar deixando os humanos ainda mais distantes de sua inteligência primitiva. Se você olhar para os animais - que podem sentir terremotos antes que eles aconteçam - parece que a resposta inata ao medo nos humanos tem ficado desgastada ao longo dos últimos 2 milhões de ano, conforme nosso córtex pré-frontal tem aumentado. E se a meditação estivesse apenas nos tornando mais intelectuais e menos ligados aos nossos instintos?
Felizmente é exatamente o oposto. Meu amigo Philippe Goldin, um neurocientista de Stanford, me disse que a meditação parece gerar os benefícios de uma ansiedade reduzida e melhores instintos primitivos. Os praticantes de meditação consciente, mesmo depois de apenas 8 semanas e 30 minutos de prática por dia, realmente reagem a estímulos (digamos, um animal perigoso olhando) com picos emocionais mais fortes e mais intensidade em vez de menos. Sua resposta de adrenalina é mais robusta naquele momento. A principal diferença, Goldin afirmou, é que os praticantes de meditação, em seguida, têm um tempo mais tranquilo de retorno para uma linha de base de calma, quando o estímulo ameaçador já passou. Golden disse que os meditadores experientes são exatamente como hábeis surfistas. Eles têm um tempo mais calmo e relaxado entre as ondas. Mas quando uma onda grande vem, eles reagem com mais intensidade, agarrando esse impulso de energia que precisam para pegá-la ou dar um golfinho no momento certo. Então, quando a onda passa, eles retornam a um estado equilibrado mais rapidamente. "Meditação faz as pessoas mais conscientes daquilo que realmente é, ou existe", disse ele. "A vida se torna mais viva. Emoções como o medo tornam-se mais nítidas e mais exigentes.”
Jaimal Yogis é o autor do best-seller, Saltwater Buddha (Buda da Água Salgada – tradução livre), e o próximo livro de memórias, All Our Waves Are Water: stumbling toward enlightenment and the perfect ride (July, Harper Wave) – (Todas As Ondas São Água: tropeçando em direção à iluminação e o percurso perfeito . A partir de 16 de janeiro, ele dará uma aula de atenção plena, todas as segundas-feiras, à noite, em São Francisco. O primeiro também incluirá uma exibição do filme Saltwater Buddha, baseado no livro de Jaimal. As aulas são transmitidas ao vivo em www.facebook.com/jaimal.yogis
Ver o artigo original: http://www.theinertia.com/health/practicing-mindfulness-and-meditation-are-good-for-your-health-scientists-say/